Através da Coordenadoria de Assistência e Valorização do Servidor (Cavs), a secretaria retoma uma iniciativa que visa principalmente a melhoria e orientação para seus servidores alcançarem uma melhor qualidade de vida e prevenir o surgimento de doenças como diabetes e hipertensão
Em tempos onde a preocupação com a saúde física e mental são cada vez mais constantes, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), através da Coordenadoria de Assistência e Valorização do Servidor (Cavs), iniciou hoje a primeira reunião dos dois grupos de servidores que participarão do projeto Vida Leve 2025. A iniciativa disponibiliza ações dedicadad a qualidade de vida, reeducação alimentar e bem-estar para o quadro de servidores.
Com 44 participantes divididos em dois grupos, os servidores serão orientados a buscarem a mudança na qualidade de vida, focando na alimentação e na prática de atividades físicas.
Thais Santalices, coordenadora da CAVS, explica que o projeto ‘Vida Leve’ foi criado pela nutricionista e educadora física Lidiany Serrão, também servidora da Seap.
“É uma grupoterapia que apresenta abordagem multidisciplinar: Combina conhecimentos de nutrição, psicologia em um único programa, considerando os aspectos físicos, emocionais e sociais dos indivíduos”.
O projeto Apresenta enfoque comportamental, com ênfase na mudança de hábitos através da educação nutricional, aliada às técnicas psicológicas, representando uma abordagem inovadora para o tratamento da obesidade e de outras doenças crônicas. Objetiva-se redução do sobrepeso e da obesidade; aumento da prática de atividades físicas e melhora da qualidade de vida dos servidores.
Lidiany esclarece que a ideia de implementar o projeto veio justamente da necessidade de se oferecer um serviço um pouco mais amplo do que só a questão de pensar em mudança de estilo de vida com base na alimentação. A mudança de estilo de vida é bem mais abrangente que isso e envolve outras questões, diz a nutricionista, e envolve a prática da atividade física e a questão da saúde mental.
“Foi pensado justamente para agregar tanto a questão de mudança de estilo de vida, como a questão da saúde mental, de tudo aquilo que pode impactar na questão psicológica. Então que surgiu essa vertente de maior abrangência, que originou o projeto Vida Leve. E o que ficou das outras edições em relação ao impacto, o que transformou, foi justamente isso. Os resultados esperados não estão só relacionados à questão de redução de peso ou de circunferência do abdômen, mas sim no que todas as ferramentas que são oferecidas nos encontros podem impactar para que a pessoa modifique seu estilo de vida”, defende Lidiany.
A proposta para os participantes vai além de adotarem uma alimentação mais saudável, a prática da atividade física, envolve também a questão mental, de aprender a lidar com os desafios da vida cotidiana, seja no trabalho, seja em casa.
“Então, o nosso pensamento é impactá-los dentro, não só dentro do sistema, como fora, e também, de certa forma, auxiliar para que ele tenha qualidade de vida, e isso vai impactar também na secretaria. Servidores mais saudáveis, dentro de um contexto geral, eles com certeza produzirão mais, terá menor taxa de absenteísmo - um fenômeno que se refere à ausência ou o afastamento não programado de funcionários de seus locais de trabalho”, afirma a nutricionista.
Ampliação - As duas primeiras edições do projeto foram realizadas em 2019, retornando agora em 2025, e com a 4ª edição prevista para o segundo semestre. Nesta primeira etapa, o projeto atenderá apenas servidores da sede administrativa, mas para a próxima edição, a ideia da coordenadora da CAVS e integrar também os servidores que trabalham nas unidades do Complexo Penitenciário de Santa Izabel.
“Queremos implementar nos dois polos. Atuando para ajudar a evitar doenças futuras, mudando a mentalidade das pessoas, tratando o lado psicológico, fazendo o um plano alimentar e acompanhamento pelos próximos meses, até junho”, afirma Thais.
Nesta etapa, 53 servidores se inscreveram para participar do projeto, e 44 foram selecionados para participar da 3° edição. Os participantes foram divididos em 2 grupos, o primeiro com 26 integrantes e o segundo com 18 pessoas. Thais Santalices revela que a divisão em dois grupos se dá por critérios distintos.
“O primeiro grupo é formado por pessoas que não realizam nenhum tipo de atividade física ou fazem algum tipo de dieta. Já o segundo grupo é composto por quem já pratica alguma atividade e também já buscam manter uma alimentação mais saudável”.
Resultados – Lidiany Serrão revela que nas edições anteriores, o público era um pouco diferenciado, um público que já estava em condição de doença, que foi o enfoque principal das primeiras edições. Nesse contexto, houve uma redução desses agravos com uma redução da sintomatologia nesses participantes. Houve também a redução de peso, uma melhora da qualidade de vida dos integrantes
“Nessa nova versão, não só nós dividimos em dois grupos, nós trouxemos abordagens direcionadas para quem já tem o contexto de uma doença, de curso crônico, não degenerativas, como diabetes, hipertensão, como também trouxemos a abordagem relacionada à questão de prevenção de pessoas que também já estão aí no caminho do autocuidado, mas que precisam de um start a mais, principalmente da questão psicológica, como eu já falei, a questão psicológica, ela influencia muito positivamente quando trabalhada numa questão não só da alimentação, mas como um start de mudança de estilo de vida”, pondera a nutricionista.
A grupoterapia vai impactar diretamente na qualidade de vida do servidor, no dia a dia do mesmo, pois vai ser trabalhado a mudança de hábitos alimentares, a reeducação alimentar, incentivando a prática de atividades físicas, assim como será trabalhado também questões de cunho psicológicos, como a ansiedade e as compulsões alimentares.
Texto: Márcio Sousa / NCS Seap PA.